segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Como funcionam os diamantes

Introdução

Na próxima vez que você for ao shopping, dê uma passada em uma joalheria. Se você entrar na joalheria procurando por alguma peça de diamante, certamente o vendedor tentará lhe explicar os "4 princípios do diamante" - corte, claridade, quilate e cor - e por que um diamante é melhor do que um outro que está exatamente a seu lado. Por que toda essa polêmica com relação aos diamantes?

Diamantes são apenas carbono em seu estado mais concentrado. É isso mesmo, carbono, o elemento que está presente em 18% do peso de nosso corpo. Em muitos países não existe pedra preciosa tão adorada quanto o diamante. Ele não é mais raro do que muitas outras pedras preciosas, mas continuam sendo mais caros porque a maioria dos mercados de diamante é controlada por uma única entidade.

Neste artigo, acompanharemos a trajetória de um diamante desde o momento em que ele se forma até quando chega à superfície da Terra. Também examinaremos a raridade artificial criada pelo cartel do diamante, De Beers, e discutiremos rapidamente as propriedades destas pedras preciosas.

O carbono é um dos elementos mais comuns no mundo e é um dos quatro princípios básicos para a existência da vida. Os seres humanos contêm mais de 18% de carbono em seu corpo, e o ar que respiramos (em inglês) contém traços de carbono. Quando ocorre na natureza, o carbono existe em três formas básicas:

diamante - um cristal extremamente duro e claro;
grafite - um mineral preto e macio, feito de carbono puro. Sua estrutura molecular não é tão compacta quanto a do diamante, por isso é mais fraco;
fulerite - um mineral feito de moléculas perfeitamente esféricas, consistindo de exatamente 60 átomos de carbono. Esta alotropia foi descoberta em 1990.



Diamantes se formam a, aproximadamente, 161 km abaixo da superfície da Terra, na rocha derretida do manto da Terra, que proporciona a pressão e o calor adequados para transformar carbono em diamante. Para que um diamante seja criado, o carbono deve estar embaixo de, pelo menos, 435.113 libras por polegada quadrada (psi ou 30 kilobars) de pressão a uma temperatura de, pelo menos, 400º C. Se as condições estiverem abaixo destes dois pontos, será formado o grafite. Em profundidades de 150 km ou mais, a pressão vai para 725.189 psi (50 kilobars) e o calor pode exceder 1.200º C.

A maioria dos diamantes que vemos hoje foram formados há milhões (ou até bilhões) de anos. Poderosas erupções de magma trouxeram os diamantes até a superfície, criando chaminés de kimberlito.

Fonte: Ciencia.hsw